Nessa quinta-feira (12/1), o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) removeu uma mistura de gases tóxicos e inflamáveis que vazou no edifício do Bloco E da SQNW 102 do Noroeste. O acionamento foi feito pelo síndico do edifício que percebeu um cheiro estranho na garagem do prédio.
Segundo o CBMDF, quando a equipe chegou ao local iniciou de imediato o isolamento das áreas que mais apresentava o cheiro e em seguida acionou o Grupamento de Proteção Ambiental (GPRAM), especializado em produtos perigosos. Após realização de leituras a partir de detectores de gás, foi constatado uma mistura de gases em um fosso usado como casa de máquinas do sistema de RTI (reserva técnica de incêndio) da edificação, localizado em um nível abaixo do piso da garagem no 2º subsolo, onde foi detectada a presença de H2S (ácido sulfídrico) e CO (monóxido de carbono) em concentrações com níveis perigosos para a saúde humana.
As concentrações dos gases além de tóxicas, criaram um ambiente de inflamabilidade, no qual inviabilizava a utilização de fontes de energia que pudessem produzir centelhas dando início há um incêndio ou explosão.
Tratando-se de uma situação sensível, a corporação optou por fazer a exaustão dos gases do subsolo para o exterior da edificação, utilizando-se de ventiladores elétricos intrinsicamente seguros em que não se produzia calor ou centelha. A partir daí foi montado um sistema composto por 9 conjuntos de mangueiras corrugadas, ventiladores e exaustores. A tubulação de exaustão somou cerca de 80m e conduziu o gás de dentro do fosso do subsolo para a área externa no térreo do prédio.
Devido ao risco de explosão e inflamabilidade, toda a operação foi realizada tomando todos os cuidados pertinentes ao caso, além disso foi avaliada a necessidade de evacuar o prédio, porém, dada a técnica e a tática empregada, optou-se pela não evacuação. Todas as pessoas presentes no prédio foram orientadas a permanecer dentro de seus apartamentos com as portas e janelas fechadas.
Após a total remoção dos gases e a verificação de que no ambiente não havia mais o risco de inflamabilidade e explosão e que o foi considerado seguro, o local foi liberado e deixado aos cuidados do responsável pelo prédio. Ainda como forma de prevenção, equipes do CBMDF irão monitorar o local para garantir a segurança dos moradores até que os responsáveis contratem uma empresa técnica para solucionar de forma definitiva a causa da produção dos gases.
Toda a operação durou cerca 10 horas. Após a monitoração que será realizado hoje, se os gases ainda estiverem presentes em níveis críticos a Defesa Civil também será acionada.
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