Polícia Federal investiga se incêndio que atinge a Floresta Nacional é criminoso

Foto: Divulgação/ CBMDF

A Polícia Federal (PF) investiga as causas do incêndio que vem destruindo a Floresta Nacional (Flona) de Brasília desde de terça-feira (3/9). Segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a suspeita é que uma ação criminosa tenha dado início às chamas.

“A gente teve três suspeitos vistos bem no momento em que os focos apareceram. Eles não eram visitantes, não estavam com trajes esportivos, não estavam fazendo caminhada ou andando de bicicleta. Os focos foram acontecendo muito longe um do outro. Então, não foi um incêndio que foi passando e se alastrando”, disse chefe da Flona, Fábio dos Santos Miranda.

Além disso, explicou Miranda, as características do incêndio não são as mesmas de um incêndio ocasional, fruto de uma queima de manejo de propriedade que saiu do controle e passou para a unidade de conservação.

“A gente teve vários focos simultâneos, o que não é característica de um incêndio ocasional, fruto de uma queima de uma propriedade e que passou para a unidade de conservação”. Para o chefe da Flona, é possível afirmar o caráter criminoso do incêndio.

“A nossa principal suspeita é que ele foi criminoso. A gente pode até dizer que, necessariamente, ele foi criminoso. Porque começou dentro da unidade de conservação. Então, a questão é saber se foi intencional ou não. E a gente acredita que foi, sim, intencional”.

Segundo o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), existem ainda duas grandes linhas de fogo e a prioridade agora é a proteção das matas de galeria, nascentes, chácaras ao redor do parque e áreas de manejo de fauna.

Nesse momento, os militares juntamente com equipes do ICMBio, Resgate de Fauna, Jardim Botânico, IBRAM, IBAMA, PMDF e Zoológico de Brasília, estão em atuação no incêndio.

“Devido a alta temperatura, o clima seco e fortes ventos, a atuação e extinção do incêndio se torna difícil. Nesse momento, o incêndio continua em andamento e atinge as proximidades do INCRA 7”, informou a corporação.

Conforme divulgado, o balanço da área total atingida até o momento é de aproximadamente 1.200 hectares, cerca de 1/3 da reserva.

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