Polícia Civil do DF prende homem acusado de estupro virtual

Foto: Pixabay

Na última terça-feira (7/5), em Curitiba-PR, uma equipe da Seção de Atendimento à Mulher da 33ª Delegacia de Polícia (Santa Maria), juntamente com a autoridade policial, com o apoio do Núcleo de Proteção à Crianças e Adolescentes Vítimas de Violência – NUCRIA / PCPR, localizou e e prendeu um homem, dando cumprimento a seu mandado de prisão temporária expedido pelos crimes de estupro virtual de vulnerável nas modalidades tentada e consumada, estupro virtual consumado, detenção e armazenamento de material contendo cenas de sexo ou pornografia envolvendo crianças e adolescentes e extorsão.

Segundo a polícia, o autor criava perfis falsos de garotas para interagir com rapazes e conseguir trocar nudes com eles. De posse do material pornográfico, o criminoso abria um perfil falso, tomando para si a identidade do garoto de quem conseguiu os “nudes”. A partir daí, passava-se por eles, produzindo conteúdos frequentes nas redes sociais, com fotos e vídeos dos garotos.

O autor fazia com que garotas acreditassem estarem, de fato, interagindo com o indivíduo apresentado no perfil e, ao conseguir a confiança delas, convencia a produzirem vídeos íntimos e trocarem nudes. De posse desse material, o criminoso passava então a extorquir as garotas, por meio de um terceiro perfil de rede social, para que não tivessem sua intimidade exposta e o conteúdo divulgado na rede mundial de computadores.

Foi desta maneira que o autor alcançou uma vítima em Santa Maria que, na época dos fatos, tinha 15 anos. Na oportunidade, em meio a conversas com a vítima, o autor a convenceu a trocar nudes.

Tão logo conseguiu o material, fez contato com ela por meio de outro perfil falso, quando deu início a extorsão. A vítima, por sua vez, reportou os fatos a sua família e procurou a 33ª DP para registrar os fatos e promover a apuração. Ao longo de dois anos de investigação, foi identificado que o autor já agia criminosamente há, pelo menos, quatro anos e também furtava perfis de redes sociais, bem como e-mails de garotas, menores de idade.

Com essas informações, acessava a nuvem de dados das vítimas e as extorquia para que não tivessem suas fotos e vídeos divulgados. Além disso, se passava por elas para extorquir as demais vítimas, das quais já tinha armazenado algum conteúdo pornográfico. Somado a isso, caso a vítima não pagasse pelo sigilo dos dados, o criminoso então as estuprava virtualmente.

O autor também adquiria, possuía e armazenava vasto material pornográfico envolvendo crianças e adolescentes, tendo tido, inclusive, sua prisão em flagrante decretada pela autoridade policial, no momento do cumprimento do mandado de prisão, quando foi verificado vasto armazenamento deste tipo de conteúdo em seu aparelho celular.

Além da vítima do DF, foram identificadas outras três garotas que residem no Paraná, sendo certo que a ação criminosa deste indivíduo alcançou mais de trinta vítimas, entre menores e adultas, em todo o Brasil.

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