Grupo que usava fotos de políticos para aplicar golpes é alvo de operação da PCDF

Foto: Reprodução

Na manhã desta quarta-feira (5/4), a Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) e a 5ª Delegacia de Polícia, deflagraram a Operação Shark Attack. A ação objetivou reprimir uma associação cibercriminosa, radicada no Estado de Pernambuco, voltada à prática de estelionato, na modalidade de fraude eletrônica.

Segundo a Polícia Civil do DF (PCDF), os infratores criavam falsos perfis no Whatsapp, colocando fotos de diversos políticos do alto escalão do Poder Executivo, como ministros de estado e presidentes de partidos políticos, para persuadir as vítimas, em sua maioria, representantes de órgãos do governo ligados à pasta ministerial. A fraude consistia em transferir valores das contas das vítimas para serem pulverizados para outras contas, no intuito de ocultar a origem ilícita do dinheiro.

Com o apoio operacional da Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos da Polícia Civil do Estado de Pernambuco (DPCRICI/PCPE), foram cumpridos três mandados de busca e apreensão, sendo dois deles na cidade de Jaboatão dos Guararapes e o terceiro na cidade de Paulista, localizadas na região pernambucana.

Durante o cumprimento de um dos mandados de busca e apreensão, os policiais da DRCC e 5ª DP constataram que os criminosos agiram a partir de uma central de distribuição de sinal de internet clandestina, localizada em uma comunidade no bairro de Piedade que fica em Jaboatão dos Guararapes.

A referida central de distribuição de sinal clandestino foi utilizada ativamente para criar perfis falsos de vários ministros de estado do governo passado e do atual governo. Na operação de hoje, foram apreendidos diversos equipamentos de informática ligados à essa central de distribuição de sinal de internet clandestina.

Veja os nomes dos políticos usados para aplicar os golpes:

  • Valdemar Costa Neto (PL), ex-deputado federal
  • Jaques Wagner (PT), senador
  • Carlos Lupi, ministro da Previdência e presidente do PDT
  • Carlos Fávaro, ministro da Agricultura e senador
  • Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento
  • Camilo Santana, ministro da Educação
  • Rodrigo Agostinho, presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama)

Segundo a PCDF, todo o material será periciado pelo Instituto de Criminalística da PCDF para dar suporte às investigações. Devido à complexidade de acesso à comunidade localizada em Piedade, o principal suspeito da investigação percebeu a presença dos policiais no bairro e conseguiu empreender fuga.

Os investigados serão responsabilizados pela prática dos crimes de associação criminosa, falsa identidade, estelionato qualificado e lavagem de capitais. Caso sejam condenados, poderão ficar até 22 anos na prisão.

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