Uma operação realizada neste domingo (24) pela Procuradoria-Geral da República (PGR), pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e pela Polícia Federal (PF) prendeu os irmãos Domingos Brazão e Chiquinho Brazão, e o delegado Rivaldo Barbosa, pela morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, assassinados em março de 2018. A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O trio foi alvo de mandados de prisão preventiva na Operação Murder, Inc. Os irmãos Brazão fazem parte da política desde a década de 90, enquanto Rivaldo assumiu o comando da Polícia Civil do Rio de Janeiro um dia antes da morte de Marielle e de Anderson. De acordo com informações divulgadas pelo portal G1, o delegado teria combinado com Domingos de não dar andamento às investigações do caso.
Além das prisões realizadas neste domingo, foram expedidos 12 mandados de busca e apreensão na sede da Polícia Civil do Rio e no Tribunal de Contas do Estado, órgão do qual Domingos Brazão faz parte como conselheiro. Entre os alvos da ação ainda estariam, de acordo com a TV Globo, o delegado Giniton Lages, titular da Delegacia de Homicídios à época do atentado e o primeiro a investigar o crime.
Os investigadores ainda apuram a motivação do crime, mas o que já se sabe é que o motivo tem a ver com a ocupação de terras na Zona Oeste do Rio. Segundo o jornal O Globo, Marielle teria virado vítima por defender a ocupação de terrenos por pessoas de baixa renda, enquanto Brazão buscava a regularização de um condomínio inteiro na região de Jacarepaguá.